EVERY FACE HAS A NAME (2015, Magnus Gertten)



Sobre identidade.

Se o documentário found footage já exerce, por si só, peculiar fascínio a partir do mistério encerrado nas imagens que o sedimenta, EVERY FACE HAS A NAME é revelador de todo o potencial de investigação inerente a esse género. E o sentido globetrotting de Magnus Gertten, procurando associar nomes aos rostos de sobreviventes de campos de concentração nazis, patentes num filme datado de Abril de 1945, culmina num mosaico de emoções contidas, surpresas e mágoas.
A reflexão que o filme suscita face à actual crise dos refugiados na Europa, embora compreensível no seu propósito, acaba por desequilibrar o saldo final de uma experiência que, em todo o seu firmamento, deveria ser, apenas e sempre, baseada no poder da memória.


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